ATA DA DÉCIMA PRIMEIRA SESSÃO SOLENE DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 31.08.1993.

 


Aos trinta e um dias do mês de agosto do ano de mil novecentos e noventa e três reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Décima Primeira Sessão Solene da Primeira Sessão Legislativa Ordinária da Décima Primeira Legislatura. Às dezessete horas e dezessete minutos, constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão Solene, destinada a comemorar os cinqüenta anos de fundação da Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul, conforme Requerimento nº 237/93 (Processo nº 2140/93), de autoria do Vereador João Verle. Compuseram a Mesa: Vereador Clóvis Ilgenfritz, 2º Vice-Presidente no exercício da Presidência da Câmara Municipal de Porto Alegre; Doutor Rafael Alves Cunha, Presidente da Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul; Doutor Arno Augustin Filho, Secretário Municipal da Fazenda, representando o Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; Doutor Mário Cardoso Jarros, representante dos Sócios Fundadores da Sociedade de Economia; Senhor José Ernesto Pasquoto, Presidente do Conselho Regional de Economia e Senhor Paulo Both, Secretário dos Economistas do Rio Grande do Sul. Após, o Senhor Presidente convidou a todos para ouvirem, em pé, a execução do Hino Nacional. A seguir o Presidente concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador João Verle, proponente e pelas Bancadas do PT, PDT, PPR, PMDB e PFL, disse ter uma profunda identidade com a classe dos Economistas por pertencer a mesma, e, por ter ocupado vários cargos na Diretoria do Conselho da Sociedade de Economia. Historiou sobre a atuação dessa Entidade em prol da população gaúcha. Parabenizou os dirigentes e associados pelo cinquentenário dessa Sociedade. Registrou a presença do Senhor Ampère Giordani, representando o Deputado Victor Faccioni. O Vereador Jocelin Azambuja, pela Bancada do PTB, cumprimentou os componentes da Sociedade de Economia, manifestando sua posição acerca da vida dessa Entidade. Ressaltou a importância dos Economistas no País, diante das relações do Mercosul e Conesul dizendo ser uma preocupação da sociedade que isso não se torne um mero acordo econômico. Disse ser imprescindível fazer uma avaliação clara e precisa daquilo que se quer nessas relações econômicas e que a Sociedade de Economia será a mola propulsora do entendimento entre Brasil, Mercosul e Conesul. O Vereador Lauro Hagemann, pela Bancada do PPS, comentou sobre a participação dos Economistas no desenvolvimento da Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul, falando acerca de acontecimentos na condução dos negócios da sociedade brasileira. Parabenizou os integrantes dessa Sociedade pelo cumprimento do seu papel. O Vereador Raul Carrion, pela Bancada do PC do B, comentou sobre a participação de sua família na Faculdade de Economia do Estado como diretor e professores, dizendo que se considera um estudioso de economia política. Falou sobre a necessidade de transformações que o País necessita, afirmando que a Sociedade de Economia analisa a grave realidade em que vivemos. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Rafael Alves Cunha que agradeceu a homenagem prestada à Sociedade de Economia, falando sobre alguns aspectos da história dessa Entidade. Discorreu acerca da formação e constituição dessa Sociedade, afirmando que a mesma vem participando intensamente da vida social do Rio Grande do Sul. O Presidente referiu-se sobre o evento hoje ocorrido nesta Casa, dizendo que convive com os problemas dos arquitetos, Economistas e outras profissões que vieram forjando lugar melhor não só para as categorias, mas para o trabalho dos mesmos em prol da sociedade. Saudou os integrantes da Sociedade de Economia pelo cinquentenário dessa Entidade. Após, o Senhor Presidente agradeceu a presença de todos e, nada mais havendo a tratar, declarou encerrada a Sessão às dezoito horas e vinte minutos. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Clóvis Ilgenfritz e secretariados pelo Vereador João Verle, Secretário “ad hoc”. Do que eu, João Verle, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos Senhores Presidente e 1º Secretário.

 

 


O SR. PRESIDENTE: Senhoras e Senhores, muito boa noite. É com muita honra que abro esta Sessão Solene destinada a comemorar os 50 anos da fundação da Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul. Queremos anunciar, com satisfação, a presença na Mesa do Exmo. Sr. Presidente da Sociedade de Economia do RGS, Dr. Rafael Alves Cunha, do Exmo. Sr. Secretário Municipal da Fazenda representando o Exmo. Prefeito Municipal Tarso Genro, Dr. Arno Augustin Filho e do Exmo. Sr. representante dos Sócios Fundadores da Sociedade de Economia do RGS, Dr. Mário Cardoso Jarros.

 Convido a todos para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional.

 

(É executado o Hino Nacional.)

 

Esta Sessão Solene foi proposta pelo Ver. João Verle. Passamos a palavra, então, ao proponente que falará em nome das Bancadas do       PT, PDT, PPR, PMDB e PFL.

 

O SR. JOÃO VERLE: Sr. Presidente desta Sessão, companheiro Clóvis Ilgenfritz; companheiro Arno Augustin Filho, representante de S. Exa. o Sr. Prefeito Municipal, companheiro Rafael Cunha, Presidente da Sociedade de Economia, companheiro Mário Jarros, representando os Fundadores da entidade, companheiro Ernesto Pasquotto, Presidente do Conselho Regional de Economia, companheiro Paulo Both, representando o Sindicato de Economistas do RGS, demais Economistas, ex-Presidentes, Sócios-Fundadores, Srs. Vereadores, Srª Vereadora e demais presentes.

No início deste mês, esta Casa prestou homenagem ao Economista pelo seu dia, comemorando a regulamentação da profissão, que aconteceu no dia 13 de agosto. Hoje, estamos fazendo outra homenagem que também é aos Economistas, mas é especificamente a uma de suas entidades, a Sociedade de Economia do RGS, que no dia 4 de setembro vai completar 50 anos de fundação. Quando da fundação da Sociedade, eu tinha 3 anos de idade e, de alguma forma, liguei-me à Entidade como sócio-estudante e logo que retornei do exterior, onde fiz a pós-graduação, outra vez busquei o vínculo com a Sociedade de Economia e, nos últimos vinte anos, faço parte de sua diretoria e agora do Conselho Deliberativo. Tenho, portanto, não apenas com a categoria como Economista que sou, mas com as entidades de Economistas do Rio Grande do Sul uma profunda identidade. Tanto, que fui Presidente do Sindicato dos Economistas, fui Presidente do Conselho e da Sociedade de Economia, ocupei vários cargos na sua diretoria, dei parte do meu tempo para o crescimento dessa entidade e a valorização da profissão.

No final de 73, numa Sessão de homenagem aos recém formandos daquele ano, estive como paraninfo da turma de formandos da UNISINOS num coquetel na Casa do Economista. A partir daí, recebi um convite para integrar a diretoria, já que, na época, as eleições não tinham uma publicidade, uma divulgação como têm hoje, pois vivíamos num período autoritário e a participação das entidades da sociedade civil era bastante limitada e restringida. Participando da diretoria, tive oportunidade de contribuir com uma série de idéias e esforços na realização de muitas atividades, principalmente de natureza cultural que vieram a projetar a entidade. Além do patrimônio material e a contribuição profissional à Categoria que já tinha sido consolidada por aqueles abnegados que fundaram e dirigiram a entidade até então, conseguimos também, em plena ditadura militar, desenvolver alguns passos no sentido de uma maior participação e a inserção da entidade no movimento popular e que, na década de 80, principalmente, ganhou maior dimensão. Isso tudo em um momento de incompreensão, até algumas disputas acirradas aconteceram com recurso, inclusive, ao Poder Judiciário. Mas eu penso que, entre mortos e feridos, todos se salvaram e conseguimos superar aquele momento. Lembro-me, inclusive de uma atividade social em que o nosso querido e saudoso “Bronquinha”, Jarbas de Lorenze Costa, fez um pronunciamento dizendo que os Economistas que estavam se aproximando eram semelhantes àquele pássaro que punha o ovo no ninho dos outros, numa idéia talvez pré-concebida de que os Economistas mais jovens estavam tentando tomar conta da entidade e alijar do seu meio aqueles antigos, aqueles que nós carinhosamente chamávamos de velha-guarda. Nós que hoje também estamos lá, apesar de uma renovação permanente, também, somos velha-guarda e temos para com a entidade aquele mesmo carinho que tiveram e que têm muitos dos companheiros que são vivos e que estão hoje aqui para demonstrar que a categoria é capaz de conviver com as divergências, construir na divergência, inclusive engrandecer a entidade e aumentar a sua presença no cenário não apenas social e cultural, mas inclusive no cenário político da Cidade e do País, através de uma atuação bastante forte, firme, uma atuação que modestamente contribui para a transição daquele período autoritário para a democracia, que estamos hoje vivendo.

Então, ao comemorar os primeiros cinqüenta anos da Sociedade de Economia, precisamos registrar que essa entidade possui um invejável patrimônio material, que é a Casa do Economista, que vem sediando, há muito, as três entidades dos Economistas: a própria Sociedade, o Conselho Regional de Economia e o Sindicato dos Economistas do Rio Grande do Sul em convivência harmônica, com eventuais divergências, mas sempre de uma forma construtiva. Inclusive, hoje vivendo um momento muito rico de organização do primeiro Congresso de Economia do Cone Sul, que é uma promoção de fôlego e que certamente irá projetar as entidades, a categoria, no cenário nacional pela qualidade dos debates que estão programados pelo nível dos convidados, com presença já confirmada e que certamente terá no final do mês de setembro uma presença marcante da sociedade de economia no noticiário nacional.

Então, quero encerrar estendendo aos companheiros que hoje dirigem esta entidade, a Sociedade de Economia, aos demais companheiros dirigentes das outras entidades e, principalmente, registrar a minha satisfação em ver aqui, hoje, nesta tarde fria, a presença de fundadores de nossa entidade, ex-dirigentes, filiados, associados e militantes do Movimento dos Economistas presentes nesta singela homenagem que entendemos necessário prestar à Sociedade de Economia. Porque não são muitas as entidades que podem aos 50 anos ostentar a grandiosidade dos títulos, o reconhecimento que ostenta a Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul. E espero viver bastante para assistir, ainda, outras homenagens como esta, e poder também contribuir da forma que me for possível para o engrandecimento da nossa categoria e da entidade, para que tenhamos um Brasil melhor. Um País mais forte, mais rico, mais livre e onde a miséria, a fome, a má distribuição de renda e outras mazelas que hoje atormentam, afligem a nossa população possam ser minoradas, possam ser reduzidas a uma expressão suportável. Porque, certamente, é o desejo de todos nós, mas não podemos ficar só no desejo, temos que contribuir, temos que participar.

E digo, com toda a tranqüilidade que tenho dado um bom tempo para a contribuição a estas questões. Inclusive à Sociedade de Economia que tem dentro dos seus propósitos, também, uma ação forte neste sentido.

Parabéns aos companheiros dirigentes, associados da Sociedade de Economia, parabéns a nossa Entidade nos seu cinqüentenário. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Antes de passar a palavra ao próximo orador, quero pedir que faça parte da Mesa o nosso Economista José Ernesto Pasquoto, Presidente do Conselho Regional de Economia, também o Economista Paulo Both que é Secretário dos Economistas do Rio Grande do Sul.

Quero dizer também que estão presentes também o Ver. Sebastião Melo, do PMDB; Ver. Raul Carrion, PC do B; Verª Clênia Maranhão, do PMDB; Ver. Lauro Hagemann, do PPS; e o Ver. Jocelin Azambuja, do PTB.

O Ver. Jocelin Azambuja está com a palavra.

 

O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente, Ver. Clóvis Ilgenfritz; Exmo. Sr. Secretário da Fazenda, representando o nosso digníssimo Prefeito Municipal de Porto Alegre, Dr. Arno Augustin Filho; Sr. representante dos Sócios-Fundadores da Sociedade de Economia, Dr. Mário Cardoso Jarros; Sr. Presidente da Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul, Dr. Rafael Alves da Cunha; meu prezado Dr. Pasquoto, que compõe a Mesa agora; e peço vênia ao nosso outro convidado, o qual o nosso Presidente já nominou.

Neste momento em que comemoramos os 50 anos da fundação da Sociedade de Economia o Partido Trabalhista Brasileiro não podia deixar de vir aqui manifestar também a sua posição de satisfação dessa proposta feita, e aprovada por esta Câmara de Vereadores, pelo nosso eminente colega, Ver. João Verle, Economista, que nos relatou um pouco da vida da Sociedade de Economia. Eu cumprimento também todos os colegas Vereadores que estão no Plenário, e os demais convidados que aqui comparecem. É muito importante esta reflexão sobre os 50 anos da vida de uma entidade, e, como colocou muito bem o Ver. João Verle, dentro dos conflitos, das divergências, mas sempre com espírito de crescimento é que a sociedade se desenvolveu ao longo destes anos e tem dado exemplos positivos à sociedade rio-grandense, e, em especial, nas relações de economia do nosso Estado.

Acho que este marco destes 50 anos, combinado com o 1° Congresso de Economia do Cone Sul, realmente é muito importante, porque nunca, talvez, os Economistas tenham sido tão necessários neste País e tão necessários neste Cone Sul, nesta nossa América tão combalida, porque nós temos uma América só conhecida, que é a América do Norte, dos Estados Unidos; o resto é considerado o resto das Américas.

Hoje, pela manhã, eu participava com um grupo e fazia palestra aos estudantes, justamente refletindo sobre as relações do Mercosul e do Cone Sul e o grande medo da toda a sociedade, hoje, é que nos tornemos o Mercosul e o Cone Sul  um mero acordo econômico. E aí entram os senhores nesta questão, para que essas relações não sejam implesmente um processo econômico de atendimento de interesses internacionais, especialmente grandes interesses multinacionais, e que nós não estejamos fazendo uma caminhada no sentido de vislumbrar só este crescimento econômico dos mesmos grupos e oligarquias que dominam o nosso País, América e todo mundo. Nós temos servido, ao longo da nossa história, a muitos senhores, e temos servido pouco ao nosso País.

Por isso essa reflexão que se faz hoje - acho muito importante que os senhores estejam fazendo este 1° Congresso do Cone Sul de Economia - é muito importante para se fazer uma avaliação clara e precisa do que nós queremos nestas relações econômicas. A base de sustentação da nossa sociedade é a mola propulsora dessas relações, mas esta base econômica tem que vir fundada em uma grande base social. Para que nós tenhamos o sucesso econômico, nós temos que ter o sucesso de ver o povo do Brasil, da Argentina, do Uruguai, do Paraguai e do Chile em crescimento social, o povo se beneficiando dessas deliberações econômicas. Isto é fundamental em nossa sociedade, este é o grande questionamento que se faz, e esta vai ser a grande missão que os Economistas do Rio Grande do Sul, do Brasil e da nossa Sul América terão que fazer - e esta reflexão, hoje, destes 50 anos me parece um marco importante para ela - para que nós não caiamos no lugar comum que se tem andado nos últimos passos da nossa história: de fazermos uma economia dirigida a beneficiar os mesmos grupos, mantendo e perpetrando os mesmos no poder. É muito importante esta reflexão, talvez eu esteja, até, ousando em fazer esta colocação aos Senhores, porque até fazia uma reflexão com esses estudantes e dizia na semana passada, no Teatro da Reitoria, em um encontro que fizemos sobre Educação no Mercosul, que nós podemos ver crescimento para a nossa América, se não passar justamente pela integração do processo de educação. Este processo é fundamental. Não adianta nós fazermos só os acordos econômicos e internacionais que a nossa economia exige, se nós não fizermos o acordo em educação, que é a base do desenvolvimento de uma sociedade, porque sociedade sem educação não tem perspectiva de futuro. É este o grande problema que nós temos, porque a educação hoje, em nível de Argentina e Uruguai caiu muito. Os Senhores, que andam pela nossa América, sabem que eles já tiveram um grande nível de educação e, hoje, a escola pública na Argentina e no Uruguai está combalida. Quem visitava uma escola pública lá, há dez anos atrás, via um tipo de escola pública e hoje já vê um outro, completamente diferente. O magistério, lá, já sofre os mesmos problemas daqui, pois já estão fazendo greves porque não conseguem viver com seus salários. Então, há uma relação que nós precisamos rever e o processo de desenvolvimento econômico tem que passar por este processo de reflexão de desenvolvimento da sociedade.

Acho muito importante que os Senhores, hoje, estejam comemorando os cinqüenta anos de sua entidade, os Senhores Economistas, com esta preocupação e com esta reflexão voltada para o nosso Cone Sul. Isto é muito importante, e nós precisamos que os Senhores reflitam de forma profunda sobre esta relação, pois nós não queremos que se diga, no futuro, que se estão fazendo tratados, apenas para atender interesses econômicos, e os Senhores têm de nos ajudar nisso. Os Senhores serão as molas propulsoras destas relações, porque se nós fizermos tratados só para atender os interesses econômicos e de grupos que não os da sociedade maior deste País, ou dos países desenvolvidos, nós estaremos caindo no mesmo vazio que caímos ao longo dos anos. Por isso que aplaudo, em nome do Partido Trabalhista Brasileiro à Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul, por seus cinqüenta anos, a sua direção, a todos os seus componentes e seus ex-dirigentes. Deixo este pedido de reflexão para que, quando os Senhores estiverem lá, no Primeiro Congresso do Cone Sul, possam refletir sobre essas nossas palavras. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Lauro Hagemann que fala pelo PPS.

 

O SR. LAURO HAGEMANN: (Faz a saudação aos componentes da Mesa.) Como integrante de uma outra categoria profissional, a dos comunicadores, jornalistas, tenho a rara felicidade de poder participar de festas de outras categorias porque nós, jornalistas, somos uma espécie de elo que junta esta sociedade humana. E esta semana ainda, participei de uma festa de médicos, outra de advogados e hoje estou aqui convivendo com os Economistas, numa fraterna assembléia, que agrada a todos e  nos enche de alegria, especialmente por estarmos comemorando 50 anos de uma entidade que abriga uma categoria profissional que, a cada dia que passa, tem maior responsabilidade e assume um papel cada vez mais saliente na condução da sociedade moderna.

O Partido Popular Socialista, sucessor do velho PCB, tem razões de sobra para estar presente aqui nesta Sessão. Nós temos razões históricas, filosóficas e identidade muito próxima com os Economistas e especialmente com a sua entidade representativa.

Os atos humanos, os mais singelos, sempre presidiram as relações humanas, desde a mais longínqua atividade e, cada vez mais, a economia é que move os interesses de pessoas, de grupos, de países e do mundo.

Daí, a razão da preocupação que devem ter os Economistas com a sua participação no desenvolvimento desta sociedade.

Os cinqüenta anos da Sociedade de Economia são justamente festejados por essa ascendência profissional que marca as sociedades modernas.

Hoje, em nosso País, estamos vendo isso a cada dia que passa a importância dos acontecimentos econômicos e a participação dos especialistas na matéria, na condução dos negócios da sociedade brasileira. Isto revela o grau de importância que tem a formação acadêmica e, também, a congregação dos profissionais de economia, nas suas entidades representativas, e delas, a Sociedade de Economia, acredito que seja a mais antiga, abriga na sua sede, freqüentemente temos nossos encontros partidários, a continuidade das outras entidades.

Por isso, Sr. Presidente da Sociedade de Economia; Srs. Economistas, recebam os nossos cumprimentos, junto com os nossos agradecimentos ao companheiro João Verle, Economista, por ter nos proporcionado a oportunidade de poder nos dirigir a esta classe.

Meus parabéns, e que a Sociedade de Economia continue cumprindo o seu papel. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Convidamos o Ver. Raul Carrion para falar pela Bancada do PC do B.

 

O SR. RAUL CARRION: (Menciona todos os componentes da Mesa.) Estamos aqui não só em nome do PC do B, mas também representando a nossa colega de Bancada Verª Maria do Rosário, que não se encontra presente por estar em Brasília em um Encontro Nacional de Vereadores. Para mim é uma satisfação e sinto-me em Casa, pelas origens. Meu pai Francisco Machado Carrion, foi um dos primeiros professores da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade do Rio Grande do Sul na cátedra de História do Pensamento Econômico, duas vezes Diretor da Faculdade de Ciências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tenho um irmão Economista, Professor, também, na Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS e uma irmã, também, Economista, Professora da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS, além de um cunhado Economista. E eu me considero um estudioso da economia política, formado, plagiando Máximo Gorki, na universidade da luta de meu povo! Sinto-me, portanto, num ambiente como esse, comemorando os cinqüenta anos dessa Sociedade, perfeitamente, em casa. Eu, como sou “guri novo”, não sou como o Ver. Verle, que já tinha nascido; eu ainda não tinha nascido há cinqüenta anos. São poucas as entidades no Brasil, com cinqüenta anos, não só com essa trajetória, como diz o Ver. Verle, mas até um País, onde o nível de organização do povo ainda é muito carente, que ostente cinqüenta anos de organização. O que, talvez, seja ainda mais difícil no campo das profissões liberais, porque muitas vezes os profissionais liberais têm uma visão muito individualista. É um orgulho, para todos nós, comemorar cinqüenta anos da Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul. É uma sociedade com uma tradição científica, com respeitabilidade, com um engajamento e com uma participação muito grande. Não foram poucas as ocasiões em que eu estive lá, inclusive durante o período autoritário, em inúmeras reuniões de trabalhadores, reuniões sindicais que se realizavam lá, debates polêmicos, proibidos, quem sabe. A marca da Sociedade de Economia, além de seu aspeto científico, é a marca da participação, do engajamento, do entendimento do papel do Economista e da sociedade na luta do nosso povo.

Para mim, marxista, leninista, a economia é a base de todo o desenvolvimento das sociedades. Lênin chegou a dizer que a política é a economia concentrada, pelo papel que a economia desempenha na sociedade.

Qualifico o momento em que vivemos no País como de pré-convulsão social. Três acontecimentos próximos: o massacre da Candelária, o ocorrido com os ianomâmis - apesar de ver outros intuitos na exploração do problema, como os interesses internacionais na Amazônia -, a questão do dia de ontem no Rio de Janeiro, o massacre na favela como represália. Não são fatos isolados, não são acontecimentos policiais. São fatos que revelam a gravidade da crise social por que passa esse País. Nas vésperas da Revolução Francesa, um quadro similar levou Maria Antonieta, quando disseram que o povo tinha fome, a dizer: “Dêem bolachas.” As nossas elites são míopes, não enxergam além de um palmo de seu nariz. Não percebem a situação gravíssima por que passa o País que, sem profundas transformações sociais, não encontrará solução.

Enfrentamos também a tentativa de se aplicar no País um projeto dito neoliberal, que de neo não tem nada e de liberal muito menos, no meu ponto de vista, porque o liberalismo na época dos monopólios é uma falácia. Esse projeto, na verdade, busca desmontar o Estado Nacional, busca a total subordinação da nossa economia e da nossa Nação aos interesses dos grandes monopólios internacionais e, inclusive, para isso marcha no rumo da restrição das democracias no Brasil. Tudo isso se apresenta para nós bem próximo da revisão constitucional, que, no nosso entender, é espúria, onde acredito que o próprio direito dos trabalhadores poderão ser não tocados para ver se, com isto, neutralizam setores importantes do movimento sindical e dos movimentos sociais. Porque o que está em jogo na essência desta revisão constitucional é tocar na questão da ordem econômica, na questão do Estado e na questão das liberdades democráticas. Demorei um pouco neste contexto, em que comemoramos os 50 anos da Sociedade de Economia, para dizer que, neste momento, temos a plena convicção de que essa Entidade, ao invés de deitar-se sobre os louros de sua trajetória, estará na primeira linha da luta do nosso povo, para juntos lutarmos pelas verdadeiras transformações que o País necessita.

Por isso tudo entendo que a Sociedade de Economia está de parabéns, que, no seu 1º Congresso do Cone Sul - já tive oportunidade de conhecer os assuntos que serão tratados - , procura exatamente trabalhar em cima da análise desta grave realidade que vivemos. Entendo que esta Sociedade não é um orgulho só dos Economistas do Rio Grande do Sul; é um orgulho de toda a sociedade gaúcha. Meus parabéns. Muito obrigado.

(Revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Temos a honra de passar a palavra ao Presidente da Sociedade de Economia do RGS, Economista Rafael Alves Cunha.

 

O SR. RAFAEL ALVES CUNHA: (Menciona todos os membros da Mesa) Cumpre-me a grande satisfação de falar nesta Sessão Solene proposta pelo nosso amigo, colega e eminente Vereador João Verle, representar a nossa Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul, plenamente consciente de que estou falando em nome da Sociedade e de meus colegas, e não recebendo homenagem particular, evidentemente. Seria desnecessário falar um pouco mais a respeito de alguns aspectos da história da Sociedade, mas com pouco tempo que eu tive hoje, já que os trabalhos com a organização do nosso congresso estão em uma fase crítica  e ao qual estamos dedicando tempo integral, eu pude recorrer um pouco a um material da história da nossa sociedade, dos arquivos, e quero passar para os Senhores, para aqueles que não conhecem bem essa história, mas principalmente a homenagem aos nossos antigos sócios, principalmente fundadores, alguns aspectos tópicos da história.

Em agosto de 1943, foi instituída uma Comissão Organizadora visando a formação e a fundação da Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul. Na mesma oportunidade, esse mesmo grupo de profissionais da Economia também se dedicava em preparar este projeto de fundação dessa nova sociedade civil, preparam no mesmo processo as bases para estruturação do primeiro Sindicato dos Economistas do Rio Grande do Sul que nasceria mais tarde.

Dessa Comissão, que foi presidida pelo Bel. Luís Sigmann, fizeram parte os seguintes membros: Virgílio Cortese, Afonso Sanmartin, Sebastião Gomes de Campos, João Vieira Gomes, Oly Ravanello, Oriovaldo Kruck, Edgar Hausen, Arnaldo Henen, Osvaldo Henlers, Leonardo Wilcosinski, Holf Ildebrand e João Carlos Foernges.

Esses foram os elementos que prepararam a organização da nova Sociedade. E, na véspera, dia 2 de novembro, aparecia em todos os jornais da Capital, a começar pelo “Correio do Povo”, o “Diário de Notícias”, o “Jornal do Comércio”, o chamamento da Sociedade convidando todos os bacharéis em Ciências Econômicas para a Sessão de Assembléia Geral a realizar-se no dia seguinte, dia 3, na sede da Associação Comercial de Porto Alegre, às 20h, com a seguinte Ordem do Dia: Discussão e votação dos estatutos sociais; eleição e posse da primeira Diretoria, do Conselho Fiscal e do Conselho Deliberativo da nova Sociedade. A Comissão Organizadora.

No dia 3 de setembro de 1943, novamente, toda a imprensa do Rio Grande do Sul mostrava, nas primeiras páginas dos jornais, o convite para a sessão que realizaria 4 de setembro para o ato de Fundação da Sociedade, a qual dia 3 de novembro elegeu a sua primeira diretoria. Ela ficou assim constituída: 1° Presidente: Bel. Luís Sigmann; 1° Vice-Presidente: Bel. Afonso Sanmartin; 2° Vice-Presidente: Bel. Carlos Torres Martins: 1° Secretário: Bel. Sebastião Gomes de Campos; 2° Secretário: Bel. Emílio Kaminski, aqui presentes; 1° Tesoureiro, Bel. Jarbas de Lorenzi Costa; 2° Tesoureiro, Bel. João Carlos Foernges; Conselho Fiscal: Bel. Victor Sperb, Prof. Osvaldo Ehlers, Bel. Euclides Morais; suplentes do Conselho Fiscal: Bel. Evandro Roxo Correa, Bel. Guilherme Tell Francisconi e Bel. Florentino Lemos. E eu peço licença aos senhores, porque eu acho que estes são os grandes homenageados desta Sessão, para arrolar os membros do Conselho Deliberativo desta 1° Chapa, 1° Diretoria eleita da Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul. São os seguintes: Adão João Predebon, Álvaro Teixeira de Alencastro, Arnaldo Ren, Arno Welsch, Ary Delgado, Ciro Domingos, Edgar Haussen, Ernesto Pelandra, Henrique Desjardins, Holy Ravanello, José Gomes de Campos, Leocádio de Almeida Antunes, Leonardo Wilkonszinski, Luiz Domingues, Olinto Sanmartin, Oriovaldo Krug, Rolf Hildebrand, Siegfried E

manuel Heuser, Sven R. Schulze, Vinicius Maisonave, Virgílio B. Cortese, Walter Kley e Wilson Lacchini. No dia 4 de setembro, em solenidade já comentada, foi fundada a Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul e, a partir do dia 4, durante os meses de setembro e outubro, quase que todos os dias saíam na imprensa, e temos os recortes das notícias sobre este grande evento em Porto Alegre. No dia 4, no “Correio do Povo” e no “Diário de Notícias”, e no “Jornal do Comércio” vinha estampada a notícia mostrando que seria fundada, naquela noite, a Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul, a trazia, então, o grande objetivo que era colocado para a Sociedade, nos seus primeiros estatutos. E eu peço atenção para o seguinte: (Lê.) “A solenidade da fundação da Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul, entidade destinada a congregar os Economistas do Estado e propugnar pelo desenvolvimento dos estudos econômicos em geral, através de conferências, palestras, cursos de extensão, publicações e outros meios ao alcance, para desenvolvimento destes trabalhos. Enfim, estes grandes objetivos colocados em 1943 para a sociedade continuam na base, válidos serviriam também como um ponto de alicerce para uma sociedade desse tipo nos dias de hoje, evidentemente que numa outra realidade e com outras tarefas pela frente.

Com isto eu presto esta homenagem aos nossos companheiros, colegas, fundadores, todos eles e, principalmente na pessoa dos dois aqui presentes e dos demais antigos sócios da sociedade, membros, Presidente, Dirigentes desta Entidade, que fazem a sua presença nesta solenidade.

Os Vereadores que passaram na Tribuna foram nos seus discursos e abordaram os temas mais importantes relacionados ao evento, a esta cerimônia e à Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul, que tenho a honra de presidir.

Gostaria de colocar apenas algumas questões para que fiquem marcadas nesta Sessão. A Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul, como já foi colocado, participou durante estes 50 anos intensamente de toda a vida social do Rio Grande do Sul, como entidade da sociedade civil e, principalmente, como não poderia deixar de ser, atuando na área das Ciências Econômicas, da Economia Política e da Política Econômica.

Hoje, quando estamos comemorando neste mês de setembro, os 50 anos desta entidade que, como disse um Vereador, é a mais antiga das entidades de classes dos Economistas do Rio Grande do Sul, e como disse esta semana, em nossa sede social, o Professor que nos visitava a convite do sindicato, se não é a mais antiga, é uma das mais antigas do Brasil. Não é por coincidência que uma sociedade deste tipo, antes mesmo que houvesse a legalização da profissão, surgisse também no Rio Grande do Sul. Não é novidade, porque aqui, como disse o Ver. Carrion, apesar da falta de consciência social, nós primamos, graças a Deus, por termos um pouco mais de consciência social e estar na frente, na vanguarda deste processo no nosso País.

É mais uma constatação histórica.

Então, essa sociedade aparece, neste momento, em uma fase de transição de mundo. Nós estávamos no fim da guerra. No próprio noticiário da solenidade de fundação da Sociedade se falava na criação das condições para o pós-guerra. Então já estávamos em processo de criação das condições e das instituições que regeriam a nossa sociedade nos 50 anos que se seguiriam. E foi justamente nesse período que iniciamos um novo ciclo, um novo tipo de desenvolvimento, uma nova estruturação social e econômica no mundo e o Brasil não ficava atrás. Também o Rio Grande do Sul se colocava, na época, nessa vanguarda desse processo no Brasil. As tarefas que se colocavam naquele momento aos nossos colegas, às nossas entidades, evidentemente, eram específicas daquela época e mantendo, como se tem, nas bases, os objetivos da entidade, os objetivos que são perenes e que continuam hoje e vão continuar sendo as bases de atuação dessa entidade. Mas essa entidade, os seus dirigentes, a sua atuação política e social, participaram de um processo numa fase de evolução e desenvolvimento específico da nossa história e deram a sua contribuição à sociedade porto-alegrense, à sociedade gaúcha e à sociedade brasileira. O que nós pretendemos já na geração do meio, preparando e tentando preparar a nova geração que vai assumir a sociedade, o que nós queremos, é nesses 50 anos, a partir deste grande evento que estamos organizando, e que, por incrível que pareça, ainda não teve a percepção completa dos nossos próprios colegas da sua importância, esse evento significará um ponto de transição, um passo de qualidade na atividade e na estruturação da nossa sociedade do Rio Grande do Sul, juntamente com as demais entidades da nossa classe. Estamos plenamente conscientes e certos de que isso será uma realidade.

Aos Vereadores que aqui falaram quero deixá-los perfeitamente conscientes de que esse evento está sendo realizado visando os grandes objetivos desejados por aqueles que aqui falaram. Cada um que citou e tratou de pontos importantes desse processo. Realmente, o nosso evento programado para setembro, fazendo parte dessa grande comemoração dos 50 anos da Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul, pretende ser um passo de qualidade na discussão e na análise dessa fase histórica que a nossa sociedade está vivendo, ou seja, uma fase de transição para um outro tipo de sociedade que nós estamos desejosos de formar e de desenvolver.

Realmente esta questão da integração do Cone Sul, ela tem sido abordada sobre os mais diversos aspectos. Em realidade a sociedade está trabalhando de uma forma desordenada neste processo. Não existem, infelizmente, no País, no Estado e nos países que participam deste processo, um horizonte e um objetivo bem claro do que procuram e o que desejam. Infelizmente, o Brasil e os outros componentes deste Projeto não têm na atualidade - e esta é uma tragédia -, um Projeto nacional bem definido. Enquanto nós não tivermos esses Projetos nacionais bem definidos, dificilmente teremos uma integração na forma abrangente em que está colocada a nossa sociedade. É certo que esse processo não tem sentido se concentrar e transformar-se em uma simples integração econômica e em uma aliança comercial. Se for realmente importante esta integração, ela o será pela sua abrangência, pela integração global desses países dentro de uma sociedade ampliada e que nos dê condições de participar com voz ativa, como membros de uma comunidade internacional, com a voz e o poder que nós temos que ocupar.

Se realmente queremos formar uma sociedade ou um novo tipo de desenvolvimento econômico e social, temos que definir quais são esses modelos e para onde marchará essa sociedade e as demais sociedades que participam deste processo, ou então não haverá esta integração.

Temos que participar, portanto, de todo este processo de discussão, visando o esclarecimento deste futuro e dessa nova sociedade que todos almejamos e que certamente não se fará sem uma participação muito grande de toda a nossa sociedade e, evidentemente, com a participação dos Economistas como cientistas sociais.

Então, para terminar, quero agradecer esta homenagem prestada à Sociedade de Economia do Rio Grande do Sul, em nome de todos os nossos sócios, os antigos e os novos. Pretendemos conseguir, com a ajuda de todos, passar essa nova fase na nossa vida social, e criar as bases para uma nova e promissora etapa de desenvolvimento e de atuação da nossa entidade. Obrigado a todos. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Queríamos registrar a presença do Sr. Ampére Giordani, representando o Dep. Victor Faccioni.

Na condição de Presidente dos trabalhos desta Sessão Solene, gostaríamos de saudar em nome da Casa do Legislativo, uma vez que os Srs. Vereadores já falaram em nome de seus partidos e da Casa; parafraseando o Ver. Raul Carrion queria dizer que tenho certa intimidade com os Economistas, através de meu irmão que é Economista e foi um dos dirigentes da Sociedade; convivemos com os problemas dos Arquitetos, dos Economistas e de várias profissões que vieram forjando um lugar melhor, não só para as categorias, como é caso da Sociedade de Economia, mas para o trabalho dessas categorias, em prol da sociedade em que vivem. O que não é muito fácil para os profissionais formados nesse País, porque em sua maioria há uma espécie de reprodução do sistema e a libertação desse processo se dá, muitas vezes, através da associação de classe que forja os problemas e cria condições para isso.

Temos um orgulho muito grande de poder estar compartilhando esse momento e, também, saudar a todos os senhores e senhoras, associados, fundadores, os mais antigos que estão aqui, e o mais jovens que estão levando adiante essa associação.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h20min.)

 

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